Conespi participará da reativação do Conselho Sindical e ratifica apoio à greve dos auditores do Ministério

DSC_3328 (1)O Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba)  ratificou na manhã desta segunda-feira, 22 de fevereiro, apoio à greve dos auditores do Ministério do Trabalho, quando também confirmou participação em encontro estadual agendado para o próximo dia 29, em São Paulo, pela superintendência do Ministério do Trabalho, visando iniciar a definição de regras para a reativação do Conselho Sindical na cidade. A reativação do Conselho Sindical, como destaca o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico, é uma antiga reivindicação do movimento sindical, com o objetivo de garantir que os trabalhadores passem a ter também voz no Ministério do Trabalho, podendo dar sugestões visando a melhoria no trabalho voltado a garantir que seus direitos sejam respeitados.

Nesta reunião, na sede da Regional da  Força Sindical, a diretoria do Conespi decidiu atender apelo de uma comissão de auditores fiscais do Ministério do Trabalho, que esteve reunida com a diretoria executiva da entidade na última quinta-feira, 18 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), quando foi manifestado o interesse de ambas as partes de unir forças para aproximar ainda mais o movimento sindical de Piracicaba junto a Gerência local a fim de ampliar as ações conjuntas em defesa dos trabalhadores.

DSC_3336O Conespi vai encaminhar documento ao ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, expondo sua posição e pedindo o fim do impasse nas negociações das reivindicações dos auditores fiscais, com o atendimento das suas reivindicações. Também será recomendado aos auditores fiscais para que utilizem a tribuna popular da Câmara de Vereadores, expondo os motivos da greve da categoria, que em Piracicaba foi deflagrada no início deste ano. Desde então, 30% dos serviços oferecidos pela Gerência do Ministério do Trabalho na cidade estão sendo mantidos, especificamente para demandas de risco grave iminente à vida e aquelas que envolvem atrasos de salários.

Os auditores contaram, no encontro com a diretoria executiva do Conespi, que  as negociações com o governo federal se arrastam desde agosto de 2015 e eles estão buscando apoio para pressionar a União a concluir este processo, em que a categoria reivindica recomposição salarial. Explicaram que por se tratar de servidores federais o processo de negociação é bastante complicado, uma vez que não tem a intermediação da Justiça do Trabalho, como ocorre com o trabalhador da iniciativa privada. Até agora, o governo só ofereceu um reajuste salarial de 21%, a ser pago em quatro anos, enquanto que a inflação do período ultrapassa a casa dos 40%.

O presidente do Conespi diz que o apoio é em função de que os auditores fiscais são trabalhadores e estão reivindicando apenas o que é justo, portanto, tem todo nosso apoio. “Na reunião também foi definido que serão feitas diversas gestões, inclusive às centrais pedindo que este apoio seja ampliado, uma vez que além de reivindicarem o que consideram justo, esta greve acaba prejudicando o nosso trabalhador e é necessário concluir este processo normal para que todo trabalho da Gerência do Ministério do Trabalho seja normalizado, uma vez que  são parceiros importantes no trabalho que desenvolvemos em defesa dos interesses dos trabalhadores”, completa Chico.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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