Os mais de 500 trabalhadores contratados pela Construtora TechCasa, de São Paulo, que estão atuando em Piracicaba, na região do Bairro Itaperu, nas obras de construção de 1.200 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, voltadas a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil, estão parados por tempo indeterminado, por falta do pagamento do tíquete-refeição e do adiantamento salarial do dia 20 deste mês. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Edson Batista dos Santos, a categoria realizará nova assembleia na manhã desta quinta-feira, 27 de agosto, às 7 horas da manhã, no canteiro de obras, para analisar possível proposta da empresa e definir novos rumos do movimento.
Com a paralisação dos trabalhadores, as obras do empreendimento, chamado de Vida Nova 1, 2, 3 e 4, construídos às margens do quilômetro 174 da Rodovia Geraldo de Barros (SP-304), que liga Piracicaba a São Pedro (SP), logo após o Parque Piracicaba (Balbo), estão paradas. Conforme Edson Batista, responsáveis pela TechCasa alegam falta de repasse de recuross pelo governo federal para conseguir arcar com os pagamentos junto aos trabalhadores.
Todo empreendimento está orçado em R$ 115 milhões, sendo R$ 91 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 24 milhões pelo governo paulista, enquanto a Prefeitura de Piracicaba entra com contrapartida de R$ 5,5 milhões, que serão usados para construção de escola e de posto de saúde. As obras, quando foram lançadas, tinham previsão de conclusão para o início do próximo ano. “Eles estão parados desde a semana passada e não pretendem retornar ao trabalho sem receber o tíquete-refeição e o adiantamento salarial, que, infelizmente, até agora não há nenhuma garantia de que a empresa irá fazer o pagamento”, destaca o diretor do Sinticompi, que já esteve reunido com os trabalhadores
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124