Sindicato, secretaria e empresários mantém parceria para alfabetização de trabalhador da construção civil

31-01-17-alfabetização 2A parceria envolvendo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), a Secretaria Municipal de Educação e os empresários do setor, visando a manutenção da alfabetização de trabalhadores da construção civil está mantida para 2016 e já está no seu quarto ano. Detalhes para a manutenção desta parceria foram acertados no final da tarde de segunda-feira, 30 de janeiro, em encontro que aconteceu na própria secretaria, com a participação da titular da pasta, a professora Ângela Maria Cassavia Corrêa; o presidente da Associação das Construtoras de Piracicaba (Ascopi), Ricardo Kraide; o presidente do Sinticompi, Milton Costa; o diretor da entidade, Edson Batista dos Santos, e educadores.

Denominado de “Construção do Saber”, este projeto de alfabetização tem como alvo os trabalhadores que atuam no setor da construção civil e do mobiliário. Através desta parceria, a Prefeitura entra com o professor, o sindicato com o espaço para a realização das aulas e os empresários doam uma hora por dia para que o trabalhador possam freqüentar as aulas. “Com certeza, este projeto tem ampla relevância social,  é inovador e pioneiro, uma vez que conta com uma parceria envolvendo o sindicato e empresariado, sendo um modelo no país e o prefeito Barjas Negri pediu que fosse mantido, nos mesmos moldes que já vem sendo desenvolvido”, contou a secretária de Educação Ângela Maria.

De acordo com Milton Costa, este projeto visa dar a oportunidade para que o trabalhador possa aprender a ler e escrever. “Hoje, cerca de 70% da nossa categoria é analfabeta ou semianalfabeta, e com a aprendizado todos ganham, o trabalhador por passar a ser mais valorizado e o empresariado por ter um funcionário mais qualificado, inclusive sabendo interpretar um projeto”, disse. Ricardo Kraide também comunga desta ideia e diz que saber que um funcionário está pegando o ônibus do sistema de transporte coletivo pela placa indicativa do bairro e não mais pelo número é algo muito gratificante. “Há um entendimento no empresariado de que todos ganham com esta prática e temos apostado neste projeto”, ressalta. Além das duas turmas que fazem aula no sindicato, a Lef Pisos, como destacou o presidente do Sinticompi, também tem interesse em abrir uma sala de aula na própria empresa para atender seus trabalhadores.

Apesar de o trabalhador não receber o certificado de conclusão do ensino básico, em função de não ter a carga horária de aula exigida pelo MEC – eles têm duas horas de aula durante três vezes por semana — , de acordo com a secretaria de Educação, nada impede que quando se sentir preparados poderão fazer o exame nas escolas credenciadas da cidade para, se desejarem, continuarem os estudos em outros ciclos. “Vamos reforçar isso a eles, inclusive”, destacou Ângela Maria.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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