Casos de trabalho escravo sobem de 13 para 28 na área urbana da região

Os casos de trabalho escravo subiram de 13 para 28 na área urbana da região de Campinas (SP) entre 2010 e 2012, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). As cidades de Americana, Nova Odessa e Indaiatuba tem o maior número de registros.

De acordo com o MPT, os setores têxtil e de construção civil são os mais recorrentes. No total, na soma de casos na zona urbana e rural, em 2010 foram registrados 36 casos. Em 2011 subiram para 36 e o mesmo número se manteve no ano passado.

“O aumento do número de obras e o aumento do número de oficinas de costura passou-se a verificar um número razoável de trabalhadores em condição análoga a de escravos”, disse o procurador do MPT Ronaldo Lira.
Uma mulher que não quis se identificar e atuou seis anos em uma olaria disse que vários direitos trabalhistas dela foram descumpridos. “É difícil, porque a gente não tinha proteção, não tinha luva, a gente parava a máquina pra entrar em forno quente e salários sempre atrasados”, relatou ela.

O procurador disse ainda que o órgão atua em conjunto com o Ministério do Trabalho e com a Polícia Federal para apurar todas as denúncias. O número para relatar casos de trabalho escravo ao MPT é o 3796-9600.

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