CIST alerta sobre os riscos que envolvem a instalação e manutenção de ar condicionado

A Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) está preocupada com os riscos que envolvem instalação e manutenção de sistemas de refrigeração de ambientes – ar condicionado, se realizada de forma inadequada e por profissionais que não estão habilitados. O tema foi abordado em reunião da CIST, no último dia 15, durante reunião no Sindicato dos Bancários de Piracicaba, e a intenção da CIST, conforme o seu coordenador, Milton Costa, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, é de alertar a sociedade para que contrate somente empresas capacitadas para o desenvolvimento destes serviços, uma vez que contam com profissionais capacitados e treinados para o desenvolvimento da função.

De acordo com Clarisse Bragantini, coordenadora do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), os sistemas de ar condicionado estão se tornando cada vez mais comuns nas residências e edifícios residenciais em função da variedade e redução do custo de um aparelho de refrigeração. “Nos ambientes comerciais é comum a necessidade do Plano de Manutenção, Operação e Controle dos Sistemas de Climatização – PMOC, onde um responsável técnico habilitado assume o projeto de e adequação de um sistema seguindo as determinações de Lei nº 13.589/2018 da ABNT NBR 13971 e da Resolução RE-09 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, o que não ocorre nas residências pelo tamanho das instalações”, conta.

Entre as orientações para evitar o risco de incêndio e explosão em residências ou apartamentos, conforme o engenheiro de segurança do Cerest Eduardo Buozo, que também é coordenador do Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção de Piracicaba (CPR), está a de que a instalação e manutenção de um aparelho de ar condicionado somente dever ser realizada por profissional qualificado ou por empresa especializada. Também deve se atentar para as instalações elétricas, considerando o consumo deste aparelho. “É comum a emenda de fios sem um estudo de capacidade de fornecimento de energia a um cabo elétrico acima de sua carga acaba se deteriorando, em um curto espaço de tempo, e provocando incêndios além de aumentar ainda mais o consumo de energia do aparelho”, diz.

O engenheiro também revela que com o tempo os aparelhos param de gelar, necessitando uma recarga do gás. “Deve se exigir cuidado com o gás a ser colocado em ar condicionado. Aceite apenas o recomendado pelo fabricante do aparelho, pois estão oferecendo no mercado outros gases que são inflamáveis e podem incendiar sua casa”, alerta. Buozo também diz que a falta de manutenção e limpeza periódica de seu aparelho de ar condicionado, além de colocar em risco a saúde de sua família, provoca o aumento do consumo de energia.

A CIST, conforme Milton Costa, é atrelada ao Conselho Municipal de Saúde, representada pela sociedade civil, com a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde dos diversos segmentos de trabalhadores do município, e estes dados mostra a necessidade de também do desenvolvimento de políticas de conscientização das mulheres.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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