Combater o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zica vírus, em canteiro de obras, através de checagem semanal em locais que podem ser criadouros e o desenvolvimento de uma política coletiva de segurança para evitar os acidentes de trabalho no setor da construção civil. Estas foram as principais deliberações do Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção de Piracicaba (CPR), que se reuniu na manhã desta sexta-feira, 18 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi).
O orientador pedagógico Márcio Ermida abordou o tema tema aedes aegypti, “conhecer para combater”. O trabalho de combate ao aedes consistirá na conscientização dos trabalhadores da construção civil, com distribuição de informativo nos canteiro de obras, explicando medidas que devem ser adotadas para eliminar os criadouros da dengue em obras. “É importante que se faça semanalmente a checagem de locais que podem ser criadouros”, diz. No material informativo são indicados locais propícios cavas da fundação, fosso do elevador, piscinas, latas, masseiras, lonas plásticas, lajes, pavimentos e calhas e depósitos de água, além dos tambores, que se não tiverem em uso devem ser virados de boca para baixo. Para Milton Costa, presidente do Sinticompi, o envolvimento dos trabalhadores da construção civil, com uma ação em canteiro de obras é uma soma na guerra de combate ao aedes aegypti. “Temos que nos unirmos nesta guerra”, completa.
Já o gerente do Ministério do Trabalho, Antenor Varolla, abordou a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil (PCMAT). Além de defender aplicação de todas as medidas de segurança, o gerente propôs um trabalho permanente de segurança sob a coordenação e vigilância de um profissional habilitado para a função, além da implementação de medidas coletivas. “É essencial para manter a vida do trabalhador, uma vez que se ele erra pode ser fatal”, completou. Para Milton Costa, somente com trabalho permanente de conscientização é possível combater os acidentes no setor.
O Comitê, coordenado por Marcelo Marques, da Associação das Construtoras de Piracicaba (Ascopi), atua de forma tripartite, com a participação de representantes dos trabalhadores, empresários, governo, no caso o Ministério do Trabalho e o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e também das escolas técnicas. Em Piracicaba, o CPR foi criado em agosto de 2003, e sendo vinculado ao Comitê Permanente Regional – Estadual.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124