Conespi desaprova reajuste na tarifa de ônibus e defende que Câmara volte a discutir majoração

O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), entidade que conta com a participação de 28 sindicatos de trabalhadores da cidade, reunido nesta manhã de sexta-feira, 18 de janeiro, decidiu tornar público que desaprova o reajuste de 15,4% nas tarifas do transporte coletivo, aplicado pela Prefeitura de Piracicaba. Durante o encontro, no Sindicato dos Bancários de Piracicaba, os sindicalistas também defenderam que qualquer majoração nas tarifas do transporte coletivo necessite da aprovação da Câmara de Vereadores de Piracicaba, possibilitando, assim, que haja uma maior discussão com a sociedade sobre qualquer proposta que venha a onerar o bolso do trabalhador.

Esta posição do Conespi foi levada, já no início da tarde, pelo presidente da entidade, Fânio Luis Gomes e pelos diretores Francisco Pinto Filho, o Chico, e Roberto Previde, ao secretário municipal de Trânsito e Transportes, Jenival Dias Sampaio, durante encontro na própria secretaria. Os sindicalistas expuseram que, juntamente com os trabalhadores da cidade, foram pegos de surpresa com o reajuste. “Com certeza, fomos pegos de surpresa, tanto com o reajuste assim com o índice, até porque ao longo das negociações das campanhas salariais do ano passado, não conquistaram índices parecidos com o aplicado na tarifa do transporte coletivo, que passou a R$ 3,40 para quem for adquirir no Terminal ou com os motoristas, e a R$ 3,00 para quem possui o cartão do sistema de transporte integrado. Esse reajuste estará pesando muito no bolso do trabalhador e da população”, disse Fânio.

Diante da exposição feita pelos diretores do Conespi, o secretário de Trânsito e Transportes ficou de agendar um novo encontro com os sindicalistas, nos próximos dias, para apresentar dados que levaram ao reajuste da tarifa. “Vamos aguardar este novo encontro e as justificativas que serão apresentadas”, falou o presidente do Conespi.

Além de deixar claro que discordam do reajuste, os diretores do Conespi também lembraram que os usuários do sistema de transporte têm reclamado da qualidade do serviço oferecido. “A reclamação é geral, principalmente com relação a precariedade do sistema, com grande quantidade de ônibus velhos e superlotados. Não é de hoje que o sistema de transporte tem gerado reclamação e, agora, com este reajuste bastante acima da inflação a situação piorou ainda mais”, destacou Fânio.

Eles também reforçaram que qualquer reajuste na tarifa do transporte coletivo precisa ser melhor discutida com a população. “Por isso, vamos defender junto ao prefeito Gabriel Ferrato e a Câmara de Vereadores que qualquer majoração na tarifa tenha que passar pelo crivo do legislativo. Isso é muito mais democrático e os vereadores são os representantes do povo e precisam participar desta discussão”, diz o diretor Francisco Pinto Filho, o Chico, ressaltando que esta posição também será levada à Câmara de Vereadores.

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