Conespi promove manifestações para denunciar acidentes de trabalho e mortes de trabalhadores

Os dirigentes sindicais do Conespi estão preocupados com o número de acidentes que ainda é altoPiracicaba registrou 7436 acidentes no ano passado, com 13 mortes

O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) sai às ruas nesta sexta-feira, 27 de abril, véspera do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, comemorado em 28 de abril, para denunciar que Piracicaba registrou no ano passado 7436 acidentes de trabalho, com um total de 13 mortes. Os dirigentes sindicais farão manifestação pelas ruas centrais da cidade, que partirá do Largo do Mercado Municipal, por volta das 9h20, com direção à Praça José Bonifácio, onde acontecerá um ato público. O Conespi também utilizará a tribuna popular da Câmara para chamar a atenção da sociedade, sendo que nesta quinta-feira, 26 de abril, o primeiro vice-presidente do Conespi, José Antonio Fernandes Paiva, é quem faz uso do espaço, enquanto que no dia três de maio serão o presidente do Conespi, Wagner da Silveira, o Juca dos Metalúrgico, e Milton Costa, segundo vice-presidente da entidade.

Dados do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba (Cerest) revelam que a cidade registrou 45.147 acidentes nos últimos cinco anos e 54 mortes. “Temos reduzido o número de acidentes, mas ainda é muito alto. Os 7.436 acidentes que tivemos no ano passado representam mais de 20 acidentes por dia, o que significa quase um por hora. Infelizmente, muitos trabalhadores ainda tem saído de suas casas para trabalhar e acabam se acidentando e, em muitos casos, perdendo até a vida”, destaca Wagner da Silveira, presidente do Conespi.

A manifestação visa chamar a atenção para esta situação e acende um sinal de alerta para a necessidade de o trabalhador não aceitar trabalhos que coloquem suas vidas em riscos. “Os acidentes de trabalho mutilam, deixam sequelas e matam. Não é justo que um trabalhador deixe sua casa para trabalhar e sofra acidentes. A nossa campanha contra os acidentes de trabalho são permanentes”, diz Milton Costa, vice-presidente do Conespi, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi).

Do total de acidentes registrados no ano passado, 5917 são leves, 1117 moderados e 389 graves, sem contar as 13 mortes. Considerando os últimos cinco anos, o diretor do Conespi Francisco Pinto Filho, o Chico, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba (Sintipel), ressalta que os acidentes têm diminuído por inúmeras ações que se tem desenvolvido, principalmente por parte dos sindicatos, que realizam campanhas educativas e por medidas de prevenção que se tem tomado em todas as categorias, além das ações do Cerest e do Ministério do Trabalho que também tem contribuído. “No entanto, os números ainda são muito altos, tanto que se no ano passado foram contabilizados 7436; em 2016 os acidentes somaram 7760. Já em 2015, o Cerest computou 8779, e em 2014 um total de 10344, enquanto que em 2013 foram somados 10828”, enfatiza, defendendo que é inadmissível que os acidentes ainda continuem ocorrendo.

 

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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