Conespi quer o envolvimento do Ministério Público do Trabalho para combater acidentes de trabalho

DSC_1782O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) discutiu nesta manhã de segunda-feira, 21 de setembro, diversas ações para dar um basta nos acidentes de trabalho, entre eles o envolvimento do Ministério Público do Trabalho, para que as empresas tenham uma gestão mais comprometida com a segurança dos trabalhadores. O encontro aconteceu na sede da Regional da Força Sindical e também foi marcado pela discussão de diversos assuntos, desde a formatação de uma proposta ao Semae para que isente os desempregados do pagamento das tarifas de água, até um encontro com o prefeito Gabriel Ferrato, para discutir a atual situação da autarquia, que tem alegado dificuldade para manter o fornecimento de água.

Conforme o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico, os sindicatos de trabalhadores tem tido uma preocupação constante com os acidentes de trabalho e o ocorrido na quarta-feira da semana passada, que levou a óbito o carpinteiro Miguel José Celestino, de 62 anos, do setor da construção civil, que caiu do novo andar de um prédio em construção na rua Madre Cecília, mostra que há necessidade de ações mais contundentes. De acordo com Chico, os acidentes têm ocorrido em todas as categorias de trabalhadores e a ideia é de envolver todos os seguimentos, desde o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, inclusive o Poder Público Municipal, para dar um basta nesta situação.

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Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), Milton Costa, há necessidade de uma ação mais contundente, uma vez que o alerta tem sido constante, “mas tem empresário que só entende quando autuado”. Para a coordenadora do Cerest em Piracicaba, Clarisse Bragantini, que também participou da reunião, reforçando a participação dos sindicatos na XX Sempat (Semana Municipal de Prevenção de Acidentes de Trabalho), que acontece nos dias 22 e 23 de outubro, que discutirá a terceirização e o controle social, há a necessidade de uma legislação municipal para melhorar as normas de segurança.

Conforme o presidente do Conespi, a proposta é de promover uma grande audiência pública, envolvendo todos os segmentos para discutir a segurança dos trabalhadores, com participação de empregadores, sindicatos de trabalhadores, Cerest, Ministério do Trabalho, Secretaria Municipal de Obras e Ministério Público do Trabalho para que as normas de segurança sejam cumpridas à risca, inclusive com os técnicos de segurança tento total autonomia para fazer uma análise preliminar do ambiente de trabalho antes de a obra ser liberada para execução. “A nossa proposta é de que toda obra, quando liberada pela Secretaria Municipal de Obras seja comunicada aos órgãos competentes para que possa ser acompanhada em todos os seus níveis. Só assim, entendemos  que possamos dar um basta aos acidentes de trabalho, que vem somando mais de 10 mil por ano na cidade, inclusive com óbitos”, disse o presidente do Conespi.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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