Construção civil quer ampliar multiplicadores no trabalho por saúde e segurança do trabalhador

64017_380886715339317_284617063_nCom a finalidade de ampliar o número de multiplicadores no trabalho para garantir ambientes saudáveis e combater acidentes no setor, o Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção de Piracicaba (CPR) promoveu seminário técnico sobre segurança e saúde na indústria da construção civil. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira, 14 de dezembro, na Faculdade Anhanguera, e reuniu pelo menos 100 pessoas, entre técnicos de segurança, estudantes, engenheiros, representantes de construtoras e empreiteiros, acadêmicos e especialistas, entre outros, que acompanharam palestras específicas sobre o setor da construção civil no País e medidas de segurança.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, diz que o objetivo deste evento é de capacitar os profissionais que atuam no setor, mas também de ampliar o número de multiplicadores para assegurar que a NR-18 (Norma Regulamentadora), que traz uma série de medidas para assegurar tanto ambientes saudáveis de trabalho como ações preventivas de acidentes de trabalho, seja plenamente cumprida. “Se o capital depende do trabalhador porque não cumprir a legislação, uma vez que além da NR-18 ainda temos outras 35 outras normas, que, seguidas, garante total segurança para o trabalhador desenvolver suas atividades sem se adoecer ou sofrer acidentes”, destaca o sindicalista, ressaltando que as medidas coletivas são proteções mais eficientes para se combater os acidentes de trabalho. “As medidas de proteção individual são importantes, mas as coletivas também são fundamentais”, destaca.

Marco Hister, coordenador do CPR, enfatizou que o papel do Comitê é de identificar riscos de acidentes e propor medidas e ações para combatê-los. “Por isso, mensalmente, promovemos encontros, com palestras, com o objetivo de trazer conhecimento sobre medidas de segurança a serem aplicadas nas empresas”, conta ele, que é técnico de segurança do Cerest.

Durante o seminário, o auditor fiscal da Secretaria do Trabalho e Emprego de São Paulo, Juarez Correia Barros Junior, que é ex-diretor do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho do Distrito Federal, abordou o tema “Cenário em saúde e segurança na indústria da construção”, mostrando que o setor tem crescido no País, e que representa 6,3% dos trabalhadores ocupados no Brasil. No entanto, 20% deles são analfabetos, ganham até dois salários mínimos e sofrem com a elevada rotatividade, e com a terceirização. Os maiores riscos são a queda em altura, queda de materiais, dermatites, soterramentos, choque elétrico e sobrecarga musculares.

O seminário foi marcado, ainda, por palestra de Camilo Penteado, consultor da Scanmetal Soluções Construtivas, que abordou o tema “Aplicação de medidas eficientes de proteção coletivas nos canteiros de obras”, enquanto que o engenheiro de segurança da MRV Engenharia em Piracicaba/Americana, Mário César Ribeiro falou sobre “Boas práticas da gestão de SST”, e o auditor fiscal do trabalho membro do CPR estadual e do nacional, Antonio Pereira do Nascimento, falou sobre o tema “Modificações recentes e propostas em andamento na NR-18”, que é de 1995 e vem recebendo propostas para ser revistas.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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