Construtora que trabalha na obra da Hyundai terá que dar explicações sobre alojamentos no Ministério Público

A Construtora Hoss e quatro empreiteiras, que prestam serviços à empresa, nas obras de construção da fábrica da Hyundai, assim como a Construtora Amco, que é responsável pelas obras da montadora, foram convocadas para estarem nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, no Ministério Público do Trabalho, em Campinas, para dar explicações sobre a precariedade de alojamento que abrigava pelo menos 180 trabalhadores, na região de Tupi e acabaram interditados pelo Cerest (Centro de Referência e Saúde do Trabalhador) e sobre a situação dos próprios trabalhadores. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, que participa da audiência.

O presidente do Sindicato acredita que a partir desta ação do Ministério Público do Trabalho todas as empreiteiras e construtoras que trabalham no Parque Automotivo terão que cumprir rigorosamente o que estabelece a legislação. “Temos tidos problemas constantes e esta intervenção do Ministério Público, com certeza, deverá pôr fim a esta situação de precariedade nas obras da montadora”, diz.
O alojamento da Construtora Hoss foi interditado no dia 14 de setembro após o pedreiro Elton Ney da Costa e Silva, de 26 anos, que prestava serviços para a construtora Hoss, responsável por parte das obras no parque automotivo instalado em Piracicaba, morrer. Ele passou mal e foi levado para o Pronto-Socorro do Piracicamirim e, posteriormente, à Santa Casa, mas não resistiu.

O Cerest constatou diversas irregularidades: o local tinha 180 trabalhadores, quando a NR-18 (Norma Regulamentadora) permite no máximo 100. Também havia camas amontoadas em um mesmo quarto, as fossas estavam entupidas, o entorno do barracão estava com muito mato e sujeira, os chuveiros só tinham água fria e não havia condições de higienização e conservação.

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