CPR-SP se reuniu na Feticom e decide realizar uma notificação coletiva de fabricantes de andaimes

O Comitê Permanente Regional sobre as Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (CPR-SP) vai realizar uma notificação coletiva de fabricantes de andaimes junto ao Ministério do Trabalho em função de não aplicarem o item 18.13.5 quanto ao sistema guarda-corpo-rodapé, assim como os locadores do produto . O anúncio foi feito em reunião do CPR, na Feticom-SP, no dia 15 de março, quando foi dada sequência às discussões de iniciativas e ações visando ampliar, cada vez mais, a segurança no setor da construção civil no Estado.

Mais de 30 pessoas, entre representantes do setor público, dos empresários e dos trabalhadores, participaram da reunião, coordenada pelo diretor de Saúde e Educação da Feticom-SP, Robinson Leme, novo coordenador do CPR-SP, que destacou o 2º Workshop Sobre Segurança de Trabalho em Altura, realizado no Sinduscon-SP, com a apresentação de várias empresas, especificamente a do engenheiro Eduardo Siqueira (MAXXIGRUA), sobre o sistema anticolisão e bloqueador de movimentos da gruas, o qual tem a finalidade de evitar que os equipamentos se choquem ou que adentrem zonas proibidas, e de Jusely Rosa (Grupo Baram), que apresentou um andaime metálico, movimentado através de cabo passante, porém sem o fechamento completo do guarda-corpo.

O diretor do Sinduscon, Haruo Ishikawa, ressaltou a importância das reuniões do CPN que estão sendo realizadas em várias regiões do Brasil, com a finalidade de incentivar o crescimento dos CPR’S das regiões. Ele, inclusive, sugeriu que a ALEC edite uma cartilha para orientar os fabricantes sobre a identificação nas peças que compõem os andaimes. Comentou que no último dia três esteve em audiência com Vera Lúcia Ribeiro de Albuquerque (Secretaria de Inspeção do Trabalho), levando como pauta o apoio do MTE aos participantes do órgão nas atividades dos CPR’S no Brasil, visto que tem sido criadas barreiras para que os auditores-fiscais participem das discussões que envolvem os Comitês. Também disse que a secretária está programando realizar reuniões periódicas com todas as chefias envolvidas na fiscalização da indústria da construção, com a finalidade de criar padrões para determinadas ações e também da possibilidade de se sugerir propostas de alterações e serem inseridas no setor através de Portarias emitidas pelo MTE, com o objetivo de agilizar a melhoria dos ambientes de trabalho no país.

GT DE PRÉ-MODADOS — O engenheiro Antônio Pereira (SRTE/SP) relatou à visita ao canteiro de obras da Construtora EVEN, na cidade de Guarulhos, no último dia 28, pelo Grupo de Trabalho, sendo que no local está sendo construída várias torres de oito pavimentos de apartamentos residências através da tecnologia de placas pré-moldadas, as quais são moldadas no local. Ele comentou que a empresa tem problemas na aplicação da nova tecnologia e tem procurado minimizar o risco em vários procedimentos, sendo que entre eles está o içamento das placas; a impossibilidade de instalação das plataformas; a especificação dos cabos de aços, levando em consideração a qualidade dos importados; a necessidade de aumentar os pontos de ancoragem para a movimentação das peças; a utilização de equipamentos de movimentação (pórtico, guindaste e grua). Disse que a metodologia proporciona um canteiro de obras mais limpo e uma maior agilidade no término da obra, porém gostaria de visitar outros sistemas de trabalho com estruturas pré-moldadas antes de retomar a discussão da norma.

De acordo com Robinson Leme, está sendo verificada a possibilidade do CPR visitar uma obra com essas características, para verificar “in loco” situação. Haruo, inclusive, comentou que várias estruturas pré-moldadas tem caído no içamento devido ao tempo mínimo de cura das peças não estarem sendo respeitados, sendo que é preciso separar o que é segurança e o que montagem.

Durante a reunião também foi falado sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido visando a melhoria do dimensionamento do SESMT na indústria da construção, assim como sobre a proposta de qualificação e habilitação dos trabalhadores, com o engenheiro Antônio Pereira (SRTE/SP) alegando que é preciso ter uma visão além da NR-18, citando a nova NR-34 (Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval) traz conceitos novos e interessantes.

ACIDENTES GRAVES E FATAIS – O engenheiro Antônio Pereira (SRTE/SP) falou sobre os vários acidentes que tem ocorrido na limpeza das plataformas de proteção, os quais tem sido provocados pela falta de conservação dos materiais que constituem o sistema e da ausência de procedimentos de segurança para a atividade. O diretor do Sinduscon também falou sobre a importância da aplicação e implementação da NR-18 nos canteiros de obras e que todos precisam saber quais são as atribuições dos comitês, solicitando uma leitura do item 18.34.3.3. Disse que fará uma mobilização dos profissionais de segurança e saúde do trabalho, inclusive com a realização de um fórum para discussão permanente deste tema, já que é preciso socializar as informações em todo o território nacional.

REDES DE SEGURANÇA – Os representantes da IRC – empresa espanhola de fabricante de redes, Leopoldo Guillén e Manoel Marcos, abordaram a aplicação do material nos canteiros de obras, focando a metodologia como um Sistema de Proteção Contra Quedas em Altura, e não somente como uma simples proteção para a retenção de materiais, bem como qual é sua eficácia na proteção de queda de trabalhadores em detrimento às plataformas rígidas construídas de madeira.

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