A parceria firmada entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi) com a direção da ETEC Coronel Fernando Febeliano da Costa para a realização de cursos de qualificação voltados ao setor da construção civil deverá gerar uma economia de aproximadamente 20% nas reformas do prédio da escola, de acordo com o seu diretor, Klauber Marcelli. A parceria foi apresentada no início da noite desta última quarta-feira, dia 4 de fevereiro, na própria escola, pelo presidente do Sinticompi, Milton Costa, à direção da ETEC e às Associações das Construtoras de Piracicaba (Ascompi), Associação das Olarias, Associação das Marmorarias e de Gessos e Pinturas. O secretário municipal do Trabalho e Renda, Sérgio Furtuoso, também participou do encontro, assim como representante da Lef Pisos, empresa que tem fornecido pisos para a realização de cursos. Todos elogiaram a iniciativa.
O Sinticompi, através da da Consfor
— Formando Profissionais – coordenado por Maria Cristina Firmino, oferece atualmente cursos de qualificação e requalificação voltados ao setor da construção civil, como pedreiros de alvenaria, pedreiro de revestimento de argamassa, pedreiro de pisos cerâmicos, paisagismo, controladores logísticos, azulejista,
mestre de obras, eletricista instalador, decorações de interiores, eletricista instalador, NR 10, NR 18 (saúde e segurança), NR-35 (trabalho em altura), hidráulica residencial, desenho e projeto de obra, pintura imobiliária, instalações hidrossanitárias, paisagismo, controladores logísticos, entre outros. A Consfor, segundo Cristina, já formou mais de 780 alunos em 25 cursos, com aulas teóricas e práticas no próprio sindicato e no Ítalo Brasileiro.
Milton Costa que diz que a grande vantagem de realizar as aulas práticas na ETEC é que o aluno vai aprender já fazendo bem feito o trabalho, seja erguendo paredes, rebocando, pintando, cuidando da parte elétrica, uma vez que serão serviços permanentes. Atualmente, o que produzem são desmanchados posteriormente, uma vez que se trata de “massa podre” apenas para aprendizado. De acordo com o diretor da ETEC, a reforma completa do prédio escolar deve ficar entre R$ 6 e 8 milhões. “Nossa expectativa é de economizar mais de R$ 1.200 mil com obras que os alunos dos cursos de qualificação irão executar no prédio, enquanto irão aprender nas aulas práticas”, disse ele.
A realização destes cursos, conforme o presidente do Sinticompi, acaba atraindo trabalhadores que, pela baixa escolaridade, por exemplo, não conseguem realiza-los em outras instituições, como o Senai, que exige pelo menos a sétima série. “Estamos dando a oportunidade de qualificar os nossos trabalhadores e quem quer entrar no mercado da construção civil, que tem excelentes oportunidades de trabalho. O trabalhador com formação, com certeza, é muito mais valorizado”, enfatiza. Milton Costa disse, ainda, que o Sinticompi vai tentar buscar recursos públicos para ajudar a custear parte destes cursos, assim como matéria-prima para as aulas e acredita que os próprios empresários do setor, que também querem mão-de-obra qualifica vão colaborar.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124