Em 8 meses, sindicato realizou 968 fiscalizações e embargou 50% dos alojamentos

Fiscalização AlojamentoO trabalho intensificado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba para garantir ambientes saudáveis de trabalho e o respeito aos direitos dos trabalhadores, em oito meses, fiscalizou 968 obras e embargou pelo menos 50% dos 100 alojamentos visitados, por não apresentarem a chamada “área de vivência” em conformidade com a lei.

O trabalho foi iniciado em outubro do ano passado é ininterrupto, como deixa claro o presidente do nosso Sindicato, Milton Costa. Esse trabalho conta com o apoio do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e do Ministério do Trabalho, e em muitos casos da Previdência Social e do próprio Ministério Público do Trabalho.

De acordo com Costa, a fiscalização verifica se está sendo cumprida a NR 18 (norma que regulamenta o setor), se contratos de trabalhos estão sendo respeitados e se há a garantia dos direitos econômicos e sociais das pessoas empregadas nas obras da construção civil.

A superlotação é um dos problemas predominantes, assim como sanitários inadequados e até falta de água, além de falta de cama e cozinha improvisada. De acordo com Milton Cota, “em casas em que deveriam morar famílias estão alocados 40, 50 trabalhadores”. Também há casos em que um grupo superior a 30 trabalhadores divide três cômodos.

A diretoria do Sindicato decidiu agir, uma vez que “não dá para brincar com a vida do ser humano.
Estamos falando de trabalhadores que produzem e merecem respeito. Não podem ser tratados dessa forma”, reforça Milton Costa.

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