Experiência do Sindicato da Construção de Piracicaba no combate à informalidade será desenvolvido nacionalmente

1380663_529980310429956_1035684344_nCom a proposta de conhecer o trabalho de combate à informalidade no setor da construção civil desenvolvido pelo Sindicato local e aplicá-lo em nível nacional, o assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, José Lopez Feijóo, esteve em Piracicaba nesta quarta-feira, dia 16 de outubro. Ele participou de reunião da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, localizada na rua José Pinto de Almeida, 295, quando o presidente da entidade, Milton Costa, apresentou o trabalho desenvolvido ao longo de quase 13 anos, que tem reduzido drasticamente o número de trabalhadores na informalidade.
Do encontro também participaram o presidente da Feticom-SP (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário), Emílio Alves Ferreira Júnior, além de representantes do Ministério do Trabalho, do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e os presidentes das Associações das Construtoras, Marmorarias e de Pinturas e Decorações de Piracicaba, respectivamente, Ricardo Kraide, Nelson Tolotto e Marcelo Marques, assim como membros da CBIC de diversas partes do País.

De acordo com Feijóo, este trabalho de conhecer diversas realidades bem-sucedidas faz parte do Programa Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Construção Civil, criado pelo governo federal em 2011. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Presidente Prudente, Gilberto Lúcio Zangirolami, também apresentou a realidade da sua região.

REDUÇÃO DE IRREGULARIDADES — Na sua exposição, Milton Costa explicou todo trabalho desenvolvido de combate à informalidade e na busca de ambientes seguros para se trabalhar, onde o Sindicato conta com diversas ferramentas, entre elas o Disk-Denúncia (3437-5100), para que o trabalhador e a população possam denunciar situações que colocam em risco a saúde do trabalhador ou no caso de direitos do empregado não estarem sendo respeitados. Ele também explicou que a entidade possui uma equipe de fiscais que percorre canteiros de obras verificando “in loco” a situação do ambiente de trabalho e elaborando um relatório com as situações encontradas. Quando é constatado problemas, busca-se uma solução imediata, na busca do diálogo. Milton Costa explica se há dificuldade em solucionar o problema, o caso é denunciado ao Cerest, Ministério do Trabalho e até ao Ministério Público do Trabalho.

Para mostrar o sucesso deste trabalho, o presidente do sindicato deu como exemplo números. Enquanto em 2010 foram realizadas 675 fiscalizações que identificaram problemas envolvendo trabalhadores, em 2011 foram 637, enquanto que no ano passado 479. Já neste ano, até meados deste mês, foram contabilizadas 326. “Abrimos um diálogo com o empresariado e os números de irregularidades só têm caído. Também criamos uma cultura positiva junto aos trabalhadores, que passaram a ter total confiança no trabalho que desenvolvemos, inclusive estamos oferecendo cursos de alfabetização e de qualificação e requalificação”, ressaltou.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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