Há 13 anos, Comitê de segurança da construção civil atua para combater acidentes de trabalho no setor
Criado em 2003 em Piracicaba, o Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção de Piracicaba (CPR) promoveu na manhã desta sexta-feira, dia 21 de outubro, palestras que fazem parte da política de capacitar técnicos e trabalhadores do setor da construção civil para evitar acidentes de trabalho no setor. As palestras desta sexta-feira foram sobre a “ancoragem – sistema desenvolvido pela Construtora Rio Verde” e a “Movimentação de Grua”, na Fundação Municipal de Ensino (Fumep). O técnico de segurança do trabalho Daniel Pettan abordou a questão da ancoragem, enquanto que o diretor comercial da Center Cabo – Guindaste Brasil, Paschoal da Silveira Nunes Filho, falou sobre a movimentação de grua.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, a ideia é de discutir de forma permanente, através do CPR, ações para evitar acidentes, como o registrado com o jovem Gabriel Mateus Felipe, pedreiro de 18 anos, que morreu na manhã de quinta-feira, 20 de outubro, após um muro cair sobre ele, em uma obra no Parque Jupiá. Já na última terça-feira foi registrado acidente, com queda em altura e choque elétrico envolvendo trabalhador da construção civil, que trabalhava em um posto de combustível na região da Vila Rezende, que continua internado na Santa Casa, se recuperando e sem risco de vida. “Infelizmente, o trabalho em altura está, juntamente, com o soterramento e o choque elétrico, entre os maiores causadores de acidentes no setor da construção civil, inclusive alguns fatais”, conta Milton Costa.
O presidente do Sinticompi conta que o CPR, atua de forma tripartite, com a participação de representantes dos trabalhadores, empresários e governo. “Nos reunimos constantemente para dividir experiência e promovemos palestras mensalmente. O nosso Comitê conta com a participação do Sinticompi, além do Ministério do Trabalho, do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e de profissionais das áreas da educação e da segurança, que discutem medidas e ações que devem ser desenvolvidas visando ampliar a segurança dos trabalhadores que atuam no setor”, ressalta.
Conforme Milton Costa, neste ano, foram registrados dois acidentes fatais na cidade. O primeiro foi no último mês de setembro, também por queda em altura. “A análise dos acidentes mostra que ocorrem por falta de instrução do trabalhador. Justamente por isso, nas reuniões do CPR, que são abertas, debatemos medidas de segurança e abrimos a oportunidade para que as empresas possam ser orientadas de como proceder nos trabalhos que são desenvolvidos no setor”, completa.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124