Haitianos são dispensados de obras do Sesi, mas ficam sem receber recisão

12053_481073398653981_1135216157_nUm grupo de trabalhadores haitianos e brasileiros que trabalha na Construção da Escola do Sesi, no bairro São Jorge, reclamam que foram dispensados do trabalho na semana passada e não conseguem receber a rescisão do contrato de trabalho, além de estarem com a carteira de trabalho “presa” pela Construtora Lupema, responsável pela obra. Diante deste impasse, eles procuraram o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário e, através do Departamento Jurídico da entidade, pretendem ingressar com ação na Justiça do Trabalho para tentar receber o que alegam ter direito.

De acordo com o diretor do Sindicato, Edson Batista dos Santos, este grupo de trabalhadores estava trabalhando para a empreiteira Alves Albuquerque, contratada pela Construtora Lupema, que desapareceu sem dar satisfação ao grupo de trabalhadores. Diante disso, o Sindicato acionou, ainda na semana passada, a Construtora Lupema, que compareceu à entidade e garantiu que faria o pagamento da rescisão do contrato de trabalho na sexta-feira passada, dia 30 de agosto, o que não ocorreu até agora.

O haitiano Saintanier Jeune, que reside no Brasil há cerca de dois anos, e há quatro meses trabalhava na obra, conta que o grupo só quer receber o montante referente à rescisão e a liberação da carteira de trabalho para buscar um novo emprego. “Já temos trabalho em vista, mas dependemos da carteira de trabalho”, conta.

O diretor do Sindicato, Edson Batista dos Santos, e o presidente da entidade, Milton Costa, ao longo de toda esta manhã de terça-feira, dia 3 de setembro, estão tentando manter contato com a direção da Construtora Lupema para que cumpra o prometido, mas não tem localizado o responsável. “Diante disso, não estamos tendo outra alternativa senão encaminhá-los ao Departamento Jurídico para que seja ingressado com uma ação trabalhista. É lamentável que isso ocorra, uma vez que os trabalhadores tem emprego, mas não tem como ser contratado sem a carteira de trabalho”, ressalta Edson Batista.

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