No CPR, especialista diz que 70% dos resíduos da construção civil são de pequenas construções

entulho[1]Cerca de 70% das mil toneladas de resíduos produzidas diariamente pela construção civil na cidade de Piracicaba nem sempre tem tido o destino correto, uma vez que são provenientes de pequenas construções. Foi o que afirmou nesta manhã de sexta-feira, 14 de setembro, Flávio Burgos, gestor comercial da Ciclo Ambiental (usina de reciclagem de resíduos da construção civil), ao proferir a palestra sobre “Legislação sobre a destinação final dos resíduos sólidos da construção civil”, no Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção de Piracicaba (CPR), realizada no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba.

De acordo com o especialista, sua empresa tem capacidade, atualmente, para receber e dar um destino a todo este material, através da reciclagem, que proporciona uma economia de até 30% da matéria-prima utilizada na obra. Diante disso, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, diz que nos próximos dias estará realizando encontro com a Associação dos Caçambeiros da cidade, com o intuito de buscar mecanismos que possibilitem a população como um todo ter acesso às caçambas, que tem um custo considerado até elevado, assim como garantir que o destino deste material seja para um local correto, que não prejudique o meio ambiente e a sociedade.

A palestra promovida pelo CPR palestra faz parte de um ciclo de atividades desenvolvida mensalmente como forma de capacitar profissionais que atuam no setor da construção civil em Piracicaba e região. Milton Costa conta que a partir dos subsídios coletados nestes encontros é que o CPR, atualmente coordenado por Marcos Hister, técnico do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), desenvolve suas ações.

Milton Consta conta que o encontro foi muito produtivo “e nos trouxe a visão de quem está atuando neste setor que visa dar um destino visando o reaproveitamento de todo resíduo sólido da construção civil. Com certeza, acreditamos que há a necessidade de um trabalho de conscientização, mas também de fiscalização do Poder Público para que a legislação em vigor seja cumprida, uma vez que temos, sim, local adequado para dar um destino correto a este material, que pode se reaproveitado na própria construção civil, além de a reciclagem impedir o assoreamento de rios e córregos e garantir a preservação das reservas naturais”, destaca.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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