Diretores e funcionários do nosso Sindicato participaram do ato público organizado pelo Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), reivindicando a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, e o fim do fator previdenciário, que reduz o valor do salário quando o trabalhador se aposenta, assim como reajuste digno para os aposentados; mais investimentos em saúde, educação e segurança; transporte público de qualidade; fim do Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização; reforma agrária e fim dos leilões do petróleo, que parou Piracicaba nesta manhã de quinta-feira, 11 de julho. “Dia Nacional de Luta, com greves e mobilizações”. Os trabalhadores do transporte coletivo foram os primeiros a pararem: com isso, os ônibus não circularam por toda manhã, enquanto as lojas do centro da cidade não abriram as suas portas, o que só ocorreu depois das 11 horas.
A primeira manifestação aconteceu por volta das 6 horas da manhã, na Metalúrgica Dedini, localizada na rodovia Piracicaba-Rio Claro, que reuniu cerca de mil trabalhadores. Mais tarde, por volta das 8 horas, o ato, organizado de forma estratégia e pacífica, se concentrou no cruzamento da rua XV de Novembro com a avenida Armando de Salles Oliveira, e paralisou o trânsito de veículos, mostrando a força dos trabalhadores liderados pelo Conespi. No local, o presidente do nosso Sindicato, Milton Costa, e o diretor Edson Batista dos Santos, se revezaram no microfone, ao lado de outros sindicalistas da cidade, lembrando das principais bandeiras de luta dos trabalhadores, e também repudiando acidentes envolvendo trabalhadores.
No local, ainda, foi feito um minuto de silêncio em memória às vítimas do acidente na ponte sobre o Rio Piracicaba, nas obras do anel viário, inclusive com a oração do “Pai Nosso”.
Fânio Luis Gomes, presidente do Conespi, disse que este ato “é histórico, e, com certeza, estamos dando o nosso recado ao Congresso Nacional e ao governo federal sobre as nossas principais reivindicações neste momento, que são bastante antigas. Esperamos que com esta nossa manifestação, que se engrossa a outras que estão acontecendo em diversas regiões do País, finalmente, os trabalhadores sejam atendidos”, destacou.
Em seguida, por volta das 9h40, carregando faixas e cartazes, e dizendo palavras de ordem, os manifestantes subiram a rua XV de Novembro, passando pela rua Governador Pedro de Toledo, e terminando na Praça José Bonifácio, com ato público. O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário no Estado de São Paulo, Emílio Alves Ferreira Júnior, também participou do manifesto, inclusive defendendo a redução da jornada de trabalho, como forma de garantir a ampliação de novos empregos e mais qualidade de vida aos trabalhadores.
Para Milton Costa, “este 11 de julho ficará marcado na história de luta dos trabalhadores piracicabanos”. Este ato, com manifestações, que foram idealizados, em conjunto, em nível nacional, pelas centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central e UGT) como forma de construir um país melhor para todos, em Piracicaba foi encerrado com a interrupção do trânsito nos dois sentidos da SP-304 (Piracicaba-São Pedro), bem em frente a metalúrgica CSJ São José, localizada no bairro Algodoal. Inicialmente, a interrupção, que contou com o apoio das Polícias Rodoviária e Militar, era para pedir a construção de redutores de velocidade ou passarela, como forma de garantir mais segurança aos pedestres, já que no local foram registrados acidentes fatais, mas acabou também sendo marcada por repúdio à direção da empresa, que ainda não quitou completamente o 13º do ano passado e está com salários atrasados.
O ato foi encerrado com a deliberação de que todos os sindicatos filiados ao Conespi irão assinar carta a ser direcionada ao governador do Estado, Geraldo Alckmin, cobrando medidas de segurança na rodovia.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124