Presidente do Sindicato pede respeito ao trabalhador da construção civil, que comemora seu dia neste 26 de outubro

1383382_534002186694435_744374740_nRespeito aos direitos e ambiente de trabalho do trabalhador da construção civil, que comemora seu dia neste 26 de outubro. O apelo foi feito pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, ao expor o trabalho que a entidade tem desenvolvido ao longo dos últimos anos em defesa da categoria, durante o pequeno expediente da sessão da Câmara de Vereadores de Piracicaba desta última quinta-feira, 24 de outubro. A utilização do espaço foi garantido pelo presidente da Casa, João Manoel dos Santos (PTB), que teve requerimento aprovado pelo plenário.

Acompanhado de diretores do Sindicato, Milton Costa ocupou a tribuna da Câmara, de onde mostrou a realidade do trabalhador da construção civil de Piracicaba, onde ainda são registradas situações caóticas, como alojamentos precários, atraso no pagamento de salários e até a falta do fornecimento de equipamentos de segurança individual e coletivo. Para ele, “mais do que trabalhadores, somos construtores de sonhos”, mas nem sempre a sociedade, em sim, tem tido e dado o respeito merecido que a categoria merece.

De acordo com Milton Costa, a situação do trabalhador da construção civil tem melhorado em Piracicaba em função do trabalho que a entidade tem desenvolvido, com fiscalizações constantes em canteiros de obras. “Temos duas viaturas e fiscais que percorrem as obras e fazem um levantamento da situação do trabalhador, além de atendermos denúncias que recebemos através do Disk-Denúncia (telefone 3437-5100). Todo este trabalho tem dado resultado, tanto que temos constatado a redução no número de ocorrências envolvendo trabalhadores em situação de risco e desrespeito, mas ainda estamos longe do ideal”, conta.

Em 2010 foram realizadas 675 fiscalizações que identificaram problemas envolvendo 3.692 trabalhadores; em 2011 foram 637 fiscalizações e 3.555 trabalhadores atendidos, enquanto que no ano passado 479 fiscalizações e 3617 trabalhadores fiscalizados. Já neste ano, até meados deste mês, foram contabilizadas 326 fiscalizações e 3.376 trabalhadores atendidos. Destes, 958 estavam sem registro em carteira, enquanto que 385 estavam em alojamentos irregulares e 2.394 atuando sem equipamentos de segurança ou em situação de risco, e 1126 com atraso no pagamento ou descumprimento de direitos assegurados na convenção coletiva de trabalho da categoria.

Conforme o presidente do sindicato, todas estas situações foram sanadas. Além do que foi aberto diálogo com o empresariado e os números de irregularidades só têm caído. Segundo Milton Costa, “também foi criada uma cultura positiva junto aos trabalhadores, que passaram a ter total confiança no trabalho que desenvolvemos, inclusive estamos oferecendo cursos de alfabetização e de qualificação e requalificação”, ressaltou.

De acordo com o líder sindical, o trabalho é contínuo, mas os avanços já conquistados, com a prática do maior piso salarial no Estado de São Paulo, participação nos lucros das empresas, juntamente com a busca constate de ambientes saudáveis para se trabalhar, assim como a conquista de diversos benefícios como café da manhã, lanche da tarde, cesta de alimentos mensal, uniformes, protetor solar e especialmente o respeito à vida do trabalhador nos faz acreditar que estamos no caminho correto. Neste nosso trabalho, “faço questão de agradecer a todos que têm colaborado com nossa luta, ajudando a combater situações que expõem ou colocam em risco à vida e a saúde dos nossos trabalhadores, como é o caso do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, assim como empresas e empresários que têm tido a sensibilidade de desenvolver um trabalho de parceria, garantindo a valorização destes trabalhadores que constroem, literalmente, o desenvolvimento da nossa Piracicaba e das cidades da região”, completa.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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