Sindicato da Construção, Cerest e MRV vão implantar sistema inovador para melhorar relação de trabalho

novo-logo-mrvCom a finalidade de evitar possíveis conflitos na relação de trabalho no conjunto habitacional Parque Paradiso, que a Construtora MRV está construindo em Piracicaba, em Santa Terezinha, às margens da SP-304, vai ser implantado o “Laboratório de Mudança”, nome dado a um conjunto de conceitos e princípios metodológicos que podem ser utilizados em colaboração entre pesquisadores e profissionais para transformações profundas ou transformações superficiais incrementais no trabalho. A decisão desta implantação foi acertada na semana passada, em encontro que envolveu o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e a MRV, representada pelo seu coordenador de obras, Bruno Matiuzzi de Oliveira.

O Parque Paradiso vai 1.344 apartamentos, divididos em 84 blocos, devendo, no seu pico, contar com aproximadamente 400 trabalhadores. Conforme o presidente do Sinticompi, Milton Costa, ouve por parte da empresa o interesse de implantar este método de trabalho, o que deverá ser muito bom para evitar possíveis atritos tanto entre os trabalhadores como na relação com a empresa. “A obra tem previsão de aproximadamente dois anos e tudo que for possível fazermos para garantir ambientes de trabalho vamos estar fazendo”, destaca Milton Costa.

Conforme Marco Hister, técnico do Cerest, o “laboratório de mudança” foi desenvolvido na década de 90, na Finlândia, e, pela primeira vez, será utilizado no Brasil. O método visa facilitar a aprendizagem expansiva que se refere ao processo em que as pessoas criam de forma coletiva um novo objeto e motivo para suas atividades, assim como novas ferramentas e formas de organização social para resolver contradições que colocam a atividade em crise. “Nessa perspectiva, acidentes de trabalho são entendidos como manifestação de contradições dentro e entre sistemas de atividade originados por mudanças dessincronizadas dos elementos de um sistema de atividade”, explica.

O método é composto por seis fases, as quais são baseadas no ciclo de aprendizado expansivo. As sessões começam com análise de dados sobre os problemas enfrentados no dia a dia, identificando-se causas sistêmicas dos problemas observados que são expressões de contradições inerentes ou entre sistemas de atividade. “Uma vez que os participantes analisaram o problema, o intervencionista os ajuda a modelar novas soluções”, conta Marco Hister.

Vanderlei Zampaulo – Tb-20.124

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