Um grupo de mais de 60 funcionários da Construtora Sobrosa, de São Paulo, e de empreiteiras da cidade, que estão construindo cerca de 370 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, próximo ao Parque Piracicaba, ao lado da rodovia Piracicaba-São Pedro, cruzaram os braços nesta manhã de terça-feira, 22 de janeiro, por falta de salários. A decisão de parar a obra foi tomada com o apoio do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), Milton Costa, que vem cobrando da empresa o pagamento de salários, 13º salário, Participação nos Lucros e Resultados, entre outros benefícios, que estão atrasados.
A obra de construção do Villagio Girasol conta com trabalhadores da Construtora Sobrosa e de terceirizadas. Conforme Milton Costa, a empresa deve a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mas as empreiteiras estão atrasadas com os seus trabalhadores, uma vez que algumas ainda não pagaram o 13º salário e outras estão com dois salários atrasados. “A direção da Sobrosa se comprometeu, na semana passada, a quitar os débitos nesta última segunda-feira, 21 de janeiro, o que não ocorreu, daí a decisão unânime de parar até que os pagamentos devidos sejam quitados”, conta.
O encanador Ivanildo Souza dos Santos, 35 anos, de Campinas, que trabalha na obra, contratado pela 3A Construtora, está com dois salários atrasados, além do 13º salário. A situação não é diferente para o pedreiro Afonso Ferreira da Silva, de 44 anos, que trabalha para a MMR Empreiteira, que está com um salário atrasado. Os próprios funcionários da Sobrosa Construtora, que estão sem receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e outros benefícios, em solidariedade aos demais colegas de trabalho, também decidiram cruzar os braços.
De acordo com Milton Costa, com a ação dos trabalhadores, a direção da empresa, por telefone, se comprometeu a quitar os débitos até está próxima quarta-feira, 23 de janeiro. “Está faltando respeito para com os trabalhadores, que tem seus compromissos e aguardam ansiosos para receber os seus salários e benef´cios. Amanhã estaremos aqui, e se o pagamento não for feito, a paralisação continua”, disse, com a concordância dos trabalhadores que decidiram paralisar por unanimidade a obra que foi iniciada em 2017 e tem previsão de término para 2020.
OBS: conto com a Sobrosa Construtora (19) 98452-9868 – Lucas
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124